Museu de Arte Urbana do Chapadão

Entre os jovens residentes do complexo do Chapadão, conjunto de favela não pacificadas no extremo da Zona Norte do Rio de Janeiro, identificamos que mais de 60% dos jovens nunca tiveram contato com museus ou galerias de arte, onde apreciar ou fazer arte. Percebemos por isso a necessidade de criar um Museu de Arte Urbana do Chapadão, para proporcionar essas oportunidades, sem precisar se locomover até o centro da cidade. Com esse propósito, a idéia é de ocupar o prédio da Biblioteca do CIEP Raul Seixas, que se encontra desativado. O espaço é na entrada da escola e de fácil acesso pois a escola está em uma das principais estradas que cortam o Complexo do Chapadão. Para tornar o prédio da biblioteca utilizável, é necessária uma reforma que vai ter um custo único inicial para tirar a construção da condição de obra condenada. Os espaços internos do Museu de Arte Urbana vão precisar de mobiliários e equipamentos para poder oferecer tamanha contribuição artística a população. O museu vai ter salas de convivência com atividades na área de áudio visual, dança, musica, grafite, pichação e artes plásticas. Dessa maneira, os usuários vão ter a oportunidade de explorar todas as vertentes da arte urbana, num espaço de troca e experimentação. Além dessas atividades, a presença de shows e apresentações de artistas locais e renomados, que trabalhem com a temática de arte urbana, é uma ação complementar para o funcionamento desse local, que terá acesso de forma gratuita pra comunidade. Um tal espaço daria visibilidade ao território e aos artistas independentes que aí teriam a oportunidade de expor a própria arte. Além disso, proporcionaria para os residentes oportunidades de crescimento, ampliação de repertório e desenvolvimento de habilidades, úteis ao nível individual e como incentivo à ação territorial.

Marjan é rapper e ativista cultural, desenvolve o Projeto Rap na Reta, uma roda de rima reconhecida pela Prefeitura do Rio de Janeiro, localizada na Feirinha da Pavuna (Patrimônio imaterial) que propõe inserção e interação entre grandes nomes da cena do rap com os apreciadores do extremo norte da cidade. Além disso foi o responsável por festas de Trap e Boom Bap, como a Califórnia Vibe em Guadalupe, que reunia grande contingente de jovens apreciadores desses estilos musicais também presentes no seu EP. Em sua trajetória de vida carrega influencias das outras vertentes do Movimento Hip Hop, é tambem DJ formado pelo Geração Hip Hop (projeto do SESC RIO em Parceria com a FINEP) e produtor musical. Dançarino e grafiteiro formado pela baixada Hip hop (patrocinado pela Petrobras) reune suas ambições e saberes nesse projeto completo que une tudo que se diz urbano.